Carros

Não, não fui ao cinema e venho falar do filme, mas sim da minha relação com os carros.

 

Talvez por  ser filha única, desde pequena que costumo acompanhar o meu pai nas suas actividades, que em grande parte envolvem carros, camiões, mecânica e afins. Para além disso, sempre andei muito de carro, sendo da praxe cá em casa uma "viagem" ao Domingo, nem que fosse a Castelo Branco, ou simplesmente ver este ou aquele terreno.

 

A minha mãe também conta que quando era pequena, eles chegavam a levar-me a dar uma volta para simplesmente me adormecerem. Ainda hoje é o local onde adormeço com maior facilidade. Deve ser do embalar do movimento, pois do conforto não me parece.

 

Também herdei do meu pai o gosto por carros, pela velocidade, pelas corridas e ralis, pelos Mercedes-Benz, etc. Filho de peixe sabe nadar.

 

 

Por tudo isto, e principalmente porque para poder ganhar alguma liberdade de movimentos e não estar sempre dependente dos meus pais ou transportes, aos 18 tirei a carta. Custou, foi difícil e com várias atribulações, e chato, muito chato, porque tive oportunidade de tudo correr as mil maravilhas e desperdicei-a no último momento, mas não vou agora entrar aqui em detalhes. Já está, já passou e ela já cá canta.

E agora, bem, é finalmente aprender a conduzir, pois isso só se aprende na estrada como se costuma dizer.

 

Abri há pouco um novo capítulo desta aprendizagem, um que muitas pessoas nunca chegam a ler, nem ninguém quer tocar - acidentes. Pois, é verdade, ainda nem dois anos de carta tenho e pimba, acidente. Com semáforos a mistura e tudo. Pelo menos ninguém se aleijou...

No entanto, por vezes dizer isto não serve de consolo, não quando os danos pesam e os tempos são de crise. Não quando o futuro é tão negro.

 

 

Esta é mesmo daquelas situações em que digo, penso e sinto que só queria poder voltar atrás.

publicado por Rita Matias às 22:47 | link do post | comentar