Quarta-feira, 22.06.11

Devaneios (5)

Detesto sentir que não pertenço a nenhum lado.

publicado por Rita Matias às 23:16 | link do post | comentar
Domingo, 19.06.11

Escondida

  Por vezes chegamos a um ponto em que percebemos o quanto a vida nos muda.

 

 

  Até há uns dois meses, sentia que a ida para a faculdade tinha sido excelente, muitíssimo boa para mim. Sentia que era mais eu, mais liberta e feliz, mais alegre, com uma facilidade renovada em dar-me com os outros e dar-me a eles. Depois, tudo mudou.

 

 

 

 

  Hoje sinto que pouco resta dessa pessoa - talvez alguns sorrisos, algumas gargalhadas - mas muito pouco. Passei uma semana que aquilo que mais senti foi uma enorme dificuldade em manter-me minimamente alegre, em ver as coisas pelo lado positivo. Uma semana onde foram poucas, muito poucas, as pessoas que me fizeram sentir a mesma de há uns meses atrás. Onde está essa Rita? Que foi feito dela? É dos exames, ou algo mais? Voltará?

  Cá para mim ela fechou-se num canto e se ninguém a procurar vai demorar a sair.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Tenho tanto medo, principalmente de não me conseguir reconhecer daqui a uns tempos.

                                  do início do próximo ano, que como as coisas serão. Será que alguma vez voltarei a sentir-me tão bem como dantes?

 

   E apesar de no fundo não ser verdade, não consigo deixar de me sentir sozinha, de sentir que andam todos um pouco fartos de me aturar, esta Rita não tão alegre, sem tanta graça, sempre a tentar desabafar um pouco porque simplesmente sente que não aguenta guardar tudo para si.

publicado por Rita Matias às 01:48 | link do post | comentar
Sábado, 18.06.11

Devaneios (4)

Adoro quando o modo aleatório

 

lê exactamente o que me vai na alma.

publicado por Rita Matias às 00:29 | link do post | comentar
Quinta-feira, 16.06.11

Mortes e afins

  Não, isto não é propriamente um post mórbido, mas venho falar da morte. Opá, porque sinceramente, eu até nem encaro a morte de um modo muito mau, seguindo o meu ponto de vista.

 

  Todos morremos um dia, é mais do que certo, por isso, para quê ter medo disso? Não há maneira de correr mal!

  Para mim, este é mais um dos estigmas que a sociedade nos impõe, o medo à única coisa que temos certa na vida. No entanto confesso que há uma coisa que me chateia na ideia da morte: é a ideia que de pode não se ter vivido o suficiente antes dela chegar. Isso sim, é que é um problema. Afinal de contas, andamos cá é para viver, não é simplesmente para morrer!

 

  Portanto, no fundo, a morte é uma mera fase da vida, o seu fim. Tudo tem um fim, o que não quer dizer que acabe, pode haver uma mudança de estado, de condições, e o que havia antes deixa de existir e passamos a ter uma nova realidade.  Se virmos bem as coisas, é o que acontece nas relações com as pessoas. Só não nos relacionamos com quem nunca conhecemos. De resto, mesmo que não falemos durante anos e anos, houve algo na nossa vida com essa pessoa, ela fez parte de um pedacinho de nós, deixou a sua marca, as suas recordações, mas depois as coisas modificaram-se, mas, caso haja reencontro não é o mesmo que nunca a tenhamos conhecido, logo, o que era antes acabou e ficamos com algo diferente, que nem aquece nem arrefece, mantendo-se assim até que algo o mude.

 

  Retomando o assunto. Morrer, para quem sente que já viveu o suficiente, costuma-se dizer que é apenas a próxima aventura. Espero encarar assim a morte daqui a uns anos, até lá ando preocupada em viver o máximo pois se há coisa que tenho sempre presente é que podemos morrer em qualquer altura. Olhem que isto não é num mau sentido, até é bom, mantém-me alerta para o que interessa, para aqueles que me rodeiam, e talvez seja uma das causas de quase sempre me dar por completo aos outros. Nunca se sabe quando é que ela chega, essa malandra!

  Quero poder um dia hipoteticamente dizer que morri em paz, com tudo aquilo que era mais importante para mim experienciado e vivido, com a consciência minimamente limpa e o coração aberto.

 

  Quanto à vida depois da morte, sendo Cristã supostamente acreditaria afincadamente nisso, mas penso que a minha ideia é um pouco diferente dos dogmas. Basicamente, continuamos "a viver" enquanto aqueles que conhecemos ainda vivem e têm recordações de nós, para além disso, não faço a menor ideia, e tenho a declarar que até estou bastante curiosa. Uma coisa é certa, vou obter a resposta.

 

 

  Resumindo, não, quando eu falo de morte assim à vontade não estou com instintos suicidas, simplesmente já matei alguns neurónios a pensar nestas coisas e tento lida da melhor maneira com elas, sem preconceitos.

publicado por Rita Matias às 23:20 | link do post | comentar
Quarta-feira, 15.06.11

Devaneios (3)

Estar "pelos cabelos"...

 

 

... uma expressão deveras encantadora.

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publicado por Rita Matias às 10:45 | link do post | comentar
Terça-feira, 14.06.11

Cansaço

  Já dizia Álvaro de Campos: "O que há em mim é sobretudo cansaço"

 

  Cansaço, esse interminável sentimento/estado de espírito/estado físico, essa ausência de vontade e energia, essa peste que contamina cada célula, cada núcleo, cada átomo, e nos deixa simplesmente... cansados.

 

 

  De momento, estou assim, cansada da vida, cansada de tentar sempre ver o lado bom das coisas, do optimisto, do realismo, do pessimismo. Da política e de todos os males que ela faz a este meu amado país. Da incompetência, tanto geral como particular. Da ausência, da frieza e da saudade de tempos mais luminosos. Cansada de querer mais do que tenho e não conseguir simplesmente contentar-me. De algumas pessoas, do modo como elas comandam a minha vida, de como eu deixo elas me governarem. Cansada de esperar, de ansiosamente esperar pelo desconhecido e desesperar por não o ter.

 

  Cansada, simplesmente cansada.

 

 

 

  Talvez seja apenas a falta de energia que estas dores de barriga e cabeça trouxeram a falar através dos meus dedos.

publicado por Rita Matias às 23:49 | link do post | comentar
Segunda-feira, 13.06.11

Devaneios (2)

As relações tanto nos tornam mais fortes...

 

 

 

...como revelam as nossas fraquezas.

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publicado por Rita Matias às 15:00 | link do post | comentar

13/06

"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."



Ricardo Reis, Fernando Pessoa

 

  Os dias 13, apesar de mal afamados, têm sempre algo que se lhe diga, principalmente este de Junho: St. António, Fernando Pessoa e ainda um aniversário na família, já para não falar de faltar um mês, um exacto mês para o meu aniversário. 20 anos... Fogo, pode soar estúpido e banal, mas estou velha. Sinto-me velha, bem mais velha de espírito às vezes, e até acordei com as costas todas torcidas...

 

  O próximo mês é enormemente minúsculo. É o fim das aulas, é o início dos exames, a oral, a osce... É as saudades e a vontade extrema de descansar. É tudo ao mesmo tempo, e mal dá para respirar.

 

 

  Não queria mesmo acabar o ano assim, mesmo nada. Fico com o coração apertadinho só de pensar as voltas que a minha vida deu nos últimos tempos. E depois, tenho a determinada sensação de que há qualquer coisa mal, qualquer coisa prestes a revelar-se.

  Há pessoas à minha volta com problemas bem maiores, com tristezas mais profundas, mas isso não é nem consolo nem fonte de alento, é apenas mais uma facada. Adoro mesmo todos aqueles que me rodeiam, mesmo. Era capaz de praticamente tudo por alguns deles.

 

 

  Só não queria acabar este ano assim.

 

 

publicado por Rita Matias às 12:05 | link do post | comentar
Sexta-feira, 10.06.11

Time to forgive

  Como tudo aquilo que nos magoa, vamos alterando a nossa perspectiva em diversas fases.

 

  Primeiro foi a surpresa, o espanto. Não acreditamos que aquilo aconteceu, que aquela pessoa nos feriu daquela maneira. Não acreditamos e buscamos incansavelmente uma razão. Ficamos irremediavelmente marcados.

 

  Depois, a revolta, a raiva. Simplesmente não aguentamos estar junto da fonte dos problemas, doí demais a mera proximidade. Dado que não percebemos a razão, ainda ficamos mais irritados, esperneando e exigindo que nos expliquem como e porque a nossa vida deu uma volta de 360 graus.

 

  Por fim, o perdão, o conformismo. Tudo fica marcado na memória, e às vezes, ainda vem a revolta. Mas de noite, as lágrimas já não chateiam, e sobretudo, sentimos que estamos prontos para ouvir, abertos a dizer que talvez um dia as coisas voltem ao mesmo, ou pelo menos, a algo semelhante. E mesmo que nada mude, sabemos que aprendemos e crescemos.

 

 

  É assim que me encontro, no início da última fase. Estou pronta, penso eu de que...

publicado por Rita Matias às 18:46 | link do post | comentar
Quinta-feira, 09.06.11

low battery

  Fim-de-semana prolongado.

 

  Finalmente, mais do que duas noites na minha caminha, mais do que 48h com os meus pais, mais sossego para começar a estudar, e sobretudo, para descansar um pouco. Após uma semana em que me deitei dois dias após as 5 da manhã, quero é uma noite bem dormida. Até aqui nunca tinha sido necessário tais noitadas, nunca até tão tarde... Mais um sinal do degredo que é este semestre e do quanto ele nos mói. O pior é lembrarmo-nos que faltam menos de 3 semanas para a oral de Neuroanatomia e ainda não comecei a estudar, porque pura e simplesmente não tenho tido tempo para pegar em tal, nem força e energia. 

 

  E pensar que só vou poder desfrutar de um dia inteiro sem preocupações lá para os meadros de Julho dá-me um nó no cérebro... Rico aniversário vou ter... Mas agora, só quero aproveitar estes quatro dias, e hoje, não há energia para muito mais do que isto.

publicado por Rita Matias às 23:20 | link do post | comentar

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