Sábado, 26.02.11

Damm it

Ando meio desorientada, e não é por estar em terras Algarvias...

Já não sei se procedo ou procedi bem, não sei mesmo. Sinto que vêm aí uma tempestade da grossa, ou se calhar, já estou mesmo nela. Não sei, sinto-me um tanto ou quanto perdida... Porque é que as coisas mudam? Ou então, porque é que apesar de não mudarem eu acho que mudaram e complico a minha vida toda?

 

Tenho medo de com isto perder uma das pessoas que tem sido o meu alento para enfrentar cada viagem de autocarro, cada fim-de-semana, cada dia longe de casa. Tenho mesmo, mesmo muito medo.

publicado por Rita Matias às 23:46 | link do post | comentar

Às vezes...

Retirada daquela aplicação "Frases de Livros" do Facebook, e vindo de um livro de Margarida Rebelo Pinto:

 

 

"Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a fazer.

...E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se oiça o coração bater desordeiramente fora do peito é preciso domá-lo, acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar e faça menos alarido, e esperar, esperar que ele obedeça, que se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade.

Às vezes, é preciso partir antes do tempo, dizer: aquilo que mais se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro é bom e afinal já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um Deus qualquer que nos dê força e serenidade. Pensar que o tempo está a nosso favor, que a vontade de mudar é sempre mais forte, que o destino e as circunstâncias se encarregarão de atenuar a nossa dor e de a transformar numa recordação ténue e fechada num passado sem retorno que teve o seu tempo e a sua época e que um dia também teve o seu fim.

Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizémos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito. Somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor.

Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo a baixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda-fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.

Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio, paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar.

Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer."

publicado por Rita Matias às 23:41 | link do post | comentar
Domingo, 20.02.11

e puff, fez-se chocapic

"Agarrem-me que eu vou a ela!" também poderia ser uma expressão bem aplicada no momento. Mesmo.

 

Detesto quando uma das pessoas que para mim é das minhas melhores amigas, simplesmente fica fria comigo. Mal me fala, e quando lhe pergunto se se passa alguma coisa, responde que não num instante, vai-se embora, e passados uns quinze minutos volta e não diz rigorosamente nada. Detesto sentir que as pessoas não confiam em mim, principalmente quando lhes confiaria a minha vida. Detesto não perceber o que se passa, e, saber que provavelmente, perguntar não vai alterar muito.

 

Mas de amanhã não passa.

 

Porque todos os amigos têm os seus problemas de vez enquanto, e apesar de eu já ter tido os meus amuos, as minhas respostas tortas, elas já sararam. No entanto parece que as dela não, ou haverá mais que eu desconheço, ou simplesmente outro qualquer problema que a deixa assim mas que pelos vistos, não consegue confiar em mim.

 

Não tarda expludo.

publicado por Rita Matias às 21:28 | link do post | comentar

Tic Tac

Passaram dois anos e mal se notou. Aliás, até eu própria me esqueci, só me lembrando passados alguns dias, e só agora marcando a data neste meu canto.

Passaram dois anos e tanto mudou. Mudei eu, mudamos todos, de sítio, de companhias, de hábitos, de rumos. Espero que as mudanças tenham sido para melhor, espero que no fim, o que de bom tínhamos perdure, espero que os anos passem mas a memória não se apague, espero não perder muito com o tempo.

 

Com todos estes pensamentos, a única coisa que sinto é saudades. De tudo e todos, mesmo daqueles que simplesmente não vejo à uma semana e daqueles que não vejo à meses, de todos os momentos e risos, de todas as lágrimas, dos abraços, dos olhares. Porque há alturas em que a confiança chega a níveis em que não é preciso palavras.

 

Assiná-lo aqui uma das coisas que vi reforçada ao longo de todo este tempo: a importância do respeito. E esta resume-se a uma simples constatação: não nenhuma relação se não existir respeito.

Por isso, com esforço tenho tentado respeitar o espaço de cada um, as ideias e os gostos de todos, porque apesar de em muitos aspectos iguais, somos todos, em cada pequeno detalhe da nossa personalidade, diferentes.

publicado por Rita Matias às 14:50 | link do post | comentar
Terça-feira, 15.02.11

Embalada

Mais uma vez, Tiago Bettencourt embala estas palavras. Porque há músicas que simplesmente dão-me uma vontade de saltar, ultrapassar barreiras, falar, perceber, descobrir!

 

Nestas últimas semanas passei de "estudante deslocada em Lisboa" para "estudante deslocada para o seu próprio quarto", ou seja, época de exames. Não tem sido fácil, porque principalmente eu ainda não consegui descobrir uma maneira para estudar, algum método. Até agora tenho-me safado, mas eu detesto apenas safar-me. Eu nunca fui de só me safar, de fazer os mínimos... Mas isto satura-me. Não vou fazer melhorias, principalmente porque já tenho planos marcados com os meus pais, mas devia. Devia de ter mais, de me concentrar mais nos estudos e esquecer o resto.

 

 

Porque eu tenho um medo tremendo de um dia não ser a profissional que devia de ser.

 

 

 

 

 

Tenho mesmo muito medo, mas não arranjo forças para lutar mais. Porque o que vejo é o presente, e nele eu preciso de outras coisas para além de Medicina, se calhar até mais delas do que do curso.

 

 

E a juntar a isto, há tantas dúvidas, antigas, novas, recuperadas e renovadas.

E há também pessoas que amo e que me amam, independentemente de tudo o resto.

publicado por Rita Matias às 17:25 | link do post | comentar
Terça-feira, 01.02.11

palavras loucas, horas mortas

Nem sei bem por onde começar. Aliás, porque temos de começar por algum lado?

 

Não, não vou por um sentido a este texto e muito menos um começo. Porque hoje apenas escrevo por escrever, porque apenas preciso de palavras, porque apenas aqui encontro o lugar onde posso escrever aquilo que não digo.

 

Porque eu eu gosto de ti, gosto tanto que só quero estar contigo, porque sinto a tua falta. Porque acho que devia de parar, porque só sei sofrer. Porque quando a tua influência sobre mim é menor, é quando eu estou melhor, porque de cada vez que te vejo, o momento é bom demais, e depois vem o pensamento, e a dor, porque o problema é meu e eu penso demais, porque sim, porque eu só sei que tu tens a capacidade de transformar os meus dias, porque quero que saibas isto tudo, mas não tenho a coragem. Não é que tenha medo de perder alguma coisa, porque verdade seja dita, não há grande coisa entre nós, apenas uma vontade imensa minha, porque eu acho que vivo numa ilusão e esta é a melhor forma de a exorcizar.

 

Porque há músicas que me chamam mas não te tocam, porque só vejo incompatibilidades e improbabilidades, porque eu não me sinto bem com aquilo que sou, porque se eu não me amo, como te posso amar como mereces? Porque é tudo o tem de que ser...

música: Espaço Impossível - Tiago Bettencour & Mantha
publicado por Rita Matias às 03:27 | link do post | comentar

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