Domingo, 26.04.09

A idade do fim dos contos de fadas

  Sabem qual é o maior desafio que temos de encarar na vida?

 

  Mantermo-nos verdadeiros.

 

 

 

  Nos últimos dias apercebi-me de uma coisa - cresci. Não é que eu nunca me tivesse apercebido disso, mas tudo se tornou mais claro. Senti verdadeiramente que cresci, que já não sou a criança inocente de alguns anos atrás. Olho para a frente e vejo as responsabilidades que me esperam com alguma apreensão. É difícil ser-se adulto, e sobretudo não esquecer-se de ser criança.

 

  Sempre analisei exaustivamente o mundo à minha volta, e agora não consigo vê-lo de um modo positivo. A verdade doí e eu tenho nojo de viver numa sociedade por vezes tão perdida como a nossa. Esquecemo-nos do que realmente importa, esquecemo-nos de enfrentar a vida e agarramo-nos ao comodismo de não fazer nada. Revolta-me aqueles que protestam mas não fazem nada, principalmente por também eu ser um deles.

  Hoje (bem, já é ontem, mas eu anda não me deitei), comemora-se mais um 25 de Abril, mais um ano em que Portugal viveu em liberdade. E eu, vendo e ouvindo os telejornais, não posso deixar de me identificar com aqueles velhotes que resmungam e dizem que agora há liberdade a mais. Perdemos a noção dos limites, cada vez mais frequentemente. E sempre que me chega aos ouvidos outra história degradante eu lembro-me de uma frase que marcou a minha infância - "A nossa liberdade acaba onde começa a dos outros".

  Debati-me durante muitos anos sobre a credibilidade e veracidade de tal afirmação. Se assim é, como sabemos onde é o começo e o fim? Onde é o limite? Só depois percebi que não sabemos, e esse é o problema. Cada um tem a sua ideia de onde está o limite, e ainda há aqueles que julgam não haver limite algum.

 

  Quando reflectimos sobre o estado actual do mundo é impossível não considerar a hipótese de uma nova revolução, de uma mudança drástica no modo de governação deste nosso país. A verdade é que se isso acontece-se, tudo ficaria na mesma, sem tirar nem por.

 

 

 

 

  O problema está em nós, não nos outros.

  Mas isso é uma realidade demasiado dura para admitir.

música: Dirt Room - Blue October
publicado por Rita Matias às 00:26 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 21.04.09

Once upon a time a girl who badly belived in life...

  O pior e mais difícil é encarar a realidade. Pelo menos é o que eu penso de momento.

  Doí olhar de frente para aquilo a que chamamos vida, olhar sem esperanças nem receios, apenas observar o que ela é.

  A realidade não tem arestas limadas por contos de fadas, por crenças em seres transcendentes e em almas. Ela é pura e simplesmente um espaço de tempo, um lugar, um corpo. Custa olhar e ver que não somos mais do que um mero objecto animado, vagueando sobre um pequeno planeta neste grande universo. Somos uma partícula, voando ao sabor da chamada "vida".

 

  Mas que raio de coisa é essa? Digam-me, sem crenças, cientificamente falado, o que é a vida?

 

  Algo há de ser, mesmo que seja apenas um nome, uma palavra à qual atribuímos tantos significados. Existem inúmeras perspectivas de encará-la, de lhe dar a voltar e olhar de outro angulo, mas não estaremos apenas a fugir à verdade? Será que a Humanidade criou toda esta panóplia de nomes abstractos apenas para escapar ao doloroso sentimento de sermos apenas animais?

 

  Olho agora de uma maneira diferente para a Vida. Acredito nela, que ela existe, e gostava de acreditar que o Destino também é (ir)real. Pelo menos seria mais feliz, sem ter esta capacidade de ver realmente o que me rodeia. Acredito que pode haver algo transcendente, algo supra terreno, algo que não vem nas ciências, algo mágico que dê significado à passagem do tempo.

 

  A vida é tão mais simples quando eu consigo acreditar, quando eu vejo a vida e não apenas a realidade. Porque ela pode ou não existir, tudo depende dos nossos olhos.

 

 

 

  Tenho de reaprender a olhar, a acreditar.

  Porque o modo como eu vejo a vida é optimo, optimista e sonhador. Porque eu tenho fé na vida, mas não hoje, não agora.

publicado por Rita Matias às 19:01 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Quinta-feira, 16.04.09

Use Somebody

Porque adorei desde a primeira vez que ouvi

publicado por Rita Matias às 01:06 | link do post | comentar
Domingo, 12.04.09

There's no place like home

  Já podia e devia ter vindo antes aqui escrever. Faz-me bem e sinto saudades de me entregar por completo ao teclado. Mas estas últimas semanas foram demasiado preenchidas para eu poder dar um saltinho a este meu canto.

 

  Nem acredito que há duas semanas e dois dias atrás andei ansiosa de um lado para o outro na expectativa da chegada do autocarro. Era o ínicio de um dos grandes momentos (previstos) deste ano, a minha viagem de finalistas.

  Não me apetece nem conseguiria resumir aqueles dias em algumas frases, apenas afirmo que foi óptimo, melhor do que eu esperava, e que, contra todas as minhas expectativas levou-me a conhecer ainda melhor o meu verdadeiro eu. Só através dos erros nos construímos, não é?

 

  Chego a casa às duas da manhã, durmo até à uma, desfaço as malas e volto a fazê-las para o dia seguinte. Parecia um autêntico zombie nesse dia, a dormir em pé, acusando um cansaço que não sentira nos dias anteriores. Mas, devido em parte à responsabilidade, levantei-me no sábado às sete para partir em direcção ao Gardunha. 

  Outro evento que não vou estar a descrever. Fantástico, talvez consiga sintetizar aqueles dias.

 

 

 

  E no fim, o que fica? Não saudade, ainda não, mas o doce sentimento de ter vivido da melhor maneira possível os dias que passaram. Conheci novas pessoas e percebi o quanto vou sentir falta das antigas. Custa-me olhar para trás e perceber as diferenças que se avizinham no futuro, mas o que é que se há-de fazer - é a vida.

publicado por Rita Matias às 23:57 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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