Sábado, 27.12.08

Talvez seja a adolescência...

... Talvez seja natural em mim.

 

  Sinto.me constantemente incompreendida, e sobretudo que vivo num mundo à parte. Olho à minha volta e vejo que sou diferente, que tenho sobretudo uma maneira diferente de pensar das pessoas que me rodeiam. Sempre vi isso como uma coisa boa, mas é verdade é que já me trouxe muitos dissabores. E eu desejo, ah como eu desejo!, que alguém queira descobrir-me, conhecer-me. Que esteja disposto a ouvir-me falar sobre a perfeição que eu vejo no mundo que me rodeia e não me olhe como uma louca, que tente perceber como eu consigo ser feliz apenas a ouvir uma música, ou como vivo a ler.

 

  Há algum tempo dizeram-me que eu era uma coisa - verdadeira. Que digo sempre o que penso. Bem, se é isso que pensam, quem sou eu para desmintir, mas a verdade é que muitas vezes sinto-me tudo menos verdadeira. Principalmente no que toca em dar a minha opinião sobre algo. Penso sempre bem antes de dizer alguma coisa, considero todas as possibilidades, as consequências de cada afirmação que pode sair dos meus lábios, e escolho a melhor para mim e para os outros. Isso é ser verdadeira? Eu não acho... Cá para mim sou é manhosa!

  Dizem que eu armo-me em espertalhona, por vezes... Bem, eu sei que do nada dou lições a toda a gente e tenho a mania de saber algumas coisas, mas a maior parte das emendas que dou são sem intenção, espontâneas... É natural em mim essa parte...

  Chamam-me muitas vezes rabujenta, teimosa, e resmungona. Sou um pouco, eu aceito, mas também não é assim tanto, possa! Resmungo quando não me ouvem à primeira, e querem-me fazer crer que estou errada. Sobretudo porque é-me dificil ver que estou errada, mas quando o percebo admito-o facilmente. Chegar até lá è que é custoso...

 

  Sou eu, com todos o títulos e subtítulos que me quiserem por. Só gostava era de conhecer alguém que nunca me desse aquele olhar do tipo "mas qu'é isto? ela está doida ou quê?"....

publicado por Rita Matias às 22:14 | link do post | comentar | ver comentários (4)

Orgulho

  Quando eu era mais nova havia um colega meu que andava sempre "às turras" comigo. Era do tipo "vamos ver quem é melhor". Como sempre fui das melhores alunas da turma, lá ele chegava-se ao pé de mim com perguntas de cultura geral, disposto a "ganhar" (algum juizo...). À conta disto descobri muitas capitais mundiais... Mas houve uma altura em que ele chamava-me orgulhosa, repetidamente dizia com ar acusador que eu era orgulhosa. No ínicio não sabia o que dizer, mas com o tempo resolvi optar pela estratégia do concordar para lixar. Então o diálogo decorria sempre do mesmo modo:

  - És uma orgulhosa!

  - Pois sou! E tenho orgulho nisso...

 

  Naquela altura comecei a pensar no verdadeiro significado da palavra orgulho. Normalmente é tida com algum valor negativo, sendo usada como depreciativo (que era o que ele queria fazer, mas não conseguiu! :D), mas no fundo o orgulho não é assim tão mau. Se temos orgulho naquilo que somos, é porque estamos em paz connosco mesmo, com aquilo que fazemos. O orgulho só é prejudicial quando nos impede de baixar as armas e ver a realidade, mas até esse ponto não tem nada de mal, se o que o zlimentar for bom. Para sermos santos não podemos ter orgulho em sermos bons? Temos de menosprezarmo-nos a todo custo?

  Para mim não... Mas a minha visão dos valores é algo distorcida do que é tido como certo. Eu olho para mim própria e tenho orgulho. Admito, tenho orgulho! Quando respondia que tinha orgulho em ser orgulhosa não mentia, embora na altura ainda não tivesse total noção do que dizia. Sou orgulhosa, gosto de ser a melhor e trabalho por isso. Quando não chego aos meus objectivos fico zangada, não com o mundo, mas comigo. Mas para chegar ao topo existe uma regra que impera para mim - os outros. Não somos nada sem eles, por isso o melhor é levá-los connosco no caminho, não deixar nem ferir ninguém na subida. Ideal? Talvez, mas é o que tento fazer. Ser a melhor sem deixar de ser boa.

  E tenho orgulho no que sou...

publicado por Rita Matias às 21:29 | link do post | comentar | ver comentários (4)
Sexta-feira, 26.12.08

Um Natal à Pioneiro só pode ser Verdadeiro

  Este foi o lema do acantonamento de Natal da III cá da terra.

  Foram dois dias e meio bem passados (20, 21 e 22), e que agora recordo com orgulho do que foi feito. Nós, como equipa mais velha tinhamos a tarefa de começar a talhar os mais novinhos para o posto de Pioneiros. Não é tarefa simples, mas no fim fiquei orgulhosa pois sinto que temos ali uma boa herança. Eles são o pedaço de mundo que nós queremos deixar melhor, são o nosso objectivo para este ano.

  Agora deixo-vos com a música que cantei durante o domingo todo, e que teria cantado a plenos pulmões nofogo de conselho não fosse esta maldita constipação.

 

Dar Mais

 

Se a tua voz trouxer mil vozes para cantar,
Vais descobrir mil harmonias belas 
Que ao céu hão-de chegar.
Fica mais rica a alma de quem dá,
Chega mais alto o hino
De quem vive a partilhar.
 
Refrão:
Tu tens que dar um pouco mais do que tens,
Tens que deixar um pouco mais do que há,
Se vais ficar muito orgulhoso vê bem,
Tens que te lembrar.
 
És um graõzinho de uma praia maior,
E deves dar tudo o que tens de melhor,
Para avaliar a tua alma há leis,
Tu tens que dar um pouco mais do que tens.
 
 
Olhou p’ro céu, sentiu que a sorte estava ali,
E com valor, foi conseguido tornar bom
O que até era mau.
E grão a grão construi o seu poder,
E pouco a pouco subiu a escadaria do amor.
 
Refrão
 
O tempo vai e de um rapaz um homem vêm,
Sem medo vê,
Porque o destino vai em frente p’ra servir o bem,
É tão profunda a mensagem que chegou,
São tão seguras e largas
As pontes que ele deixou.

 

publicado por Rita Matias às 19:59 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 16.12.08

Streets of Philadelphia

Hoje vi o filme e fiquei com a música na cabeça o dia todo. Gosto dela embora já seja algo antiga.

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publicado por Rita Matias às 19:15 | link do post | comentar
Sexta-feira, 12.12.08

Quanto é nosso, quanto é o do mundo?

  Tudo aquilo que fazemos e publicamos, qualquer que seja o formato, continu a ser apenas nosso? Não será também um parte daqueles que lêem, vêem, etc.?

  Penso que não. Cada um sabe o que faz e, sobretudo, sabe o que deve ou não tornar publico. É pecado querer esconder algo apenas para nós, ou para as pessoas mais próximas? Não. Mas quando publicamos e depois arrependemo-nos, devemos parar? Não, já criamos essa responsabilidade, logo temos de arcar com ela.

  Esta é a razão da minha reserva. E não só.

  Sou prudente e guardo para mim o que é-me mais precioso, mesmo quando aquilo que mais quero e noticiá-lo ao mundo. Estarei a agrir correctamente?

sinto-me: bem, é sexta-feira!
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publicado por Rita Matias às 20:48 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Domingo, 07.12.08

Confusão

  É a única conclusão a que eu consigo chegar sobre o meu actual estado mental. Já não sei bem no que acredito, no que quero, nem qual é o passo seguinte.

  Andei o dia toda com a cabeça zonza da constipação, talvez seja esta a causa, mas não creio. Cheguei a um ponto em que questiono tudo aquilo que tinha decido até aqui, em que pergunto.me se vale a pena continuar, e se sobretudo o que eu faço vale alguma coisa. Depois ouço opiniões de diferentes pessoas e isto baralha-se ainda mais.

  Estou desiludida com o mundo, principalmente com ele e em parte comigo. Sinto que tudo aquilo em que acredito é um verdadeiro disparate, o que faz de mim uma disparatada, uma tonta ingénua - tudo aquilo que eu mais receio ser.

  Perco a noção da minha fé e agarro-me ao que é concreto - às minhas promessas. Elas guia-me de momento, e através delas sei o que tenho a fazer. Resta é reencontrar as minha crenças pelo caminho....

sinto-me: sem rumo
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publicado por Rita Matias às 22:29 | link do post | comentar
Sexta-feira, 05.12.08

Morto cobrido de amor

Crónica de António Lobo Antunes na Visão.

 

Porquê a referência? Porque invejo exactamente o mesmo e muito mais.

 

Invejo a sua força e talento, a sua naturalidade com as palavras.

Invejo-o a ele e aos poetas.

Invejo qualquer pessoa que una duas palavras. E que saiba o que faz.

Invejo, porque não ter aquilo que ele tem, um propósito.

sinto-me: longe, muito longe
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publicado por Rita Matias às 21:31 | link do post | comentar
Quinta-feira, 04.12.08

É assim que te quero, amor

É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nossos lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.

 

Pablo Neruda

 

Mais uma vez Sophie, obrigada pelos poemas.

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publicado por Rita Matias às 13:19 | link do post | comentar
Terça-feira, 02.12.08

Vou ter saudades

  Este post é para ti, Li, tu e as coisas que me levas a lembrar...

 

  Estou no 12º. Resumindo este é o último ano com a minha pacata vida. E depois? Medos imperam, desconfianças no futuro, e sobretudo inseguranças. O que fica? Talvez um dos melhores anos da minha vida (até aqui, claro!).

  Vou ter saudades. Tu também. Somos iguaizinhas nesse aspecto (e em muitos outros né?). Mas temos diferentes maneiras de encarar esse facto. Eu tento esquecê-lo e aproveitar o presente, tu ainda estás presa nele.

  Cada abraço em Educação Física, cada gargalhada com a Di, cada tarde passada na biblioteca, ou cada lanche na pizza, tudo está em contagem decrescente. Eu sei, tu sabes. Mas vale a pena ficar a matutar sobre isso? Não! Eu não quero, e não vou.

 

O que importa é o que fica, não o que vem. E o meu maior medo é não aproveitar o presente e esquecer o passado. O futuro? Logo se vê...

sinto-me: peace and love
publicado por Rita Matias às 18:27 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Set the fire to the third bar

 

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