sábado aleluia
Apesar de já passar da meia-noite, e por conseguinte, já ser Domingo de Páscoa, para mim ainda é Sábado.
Sexta-feira um novo capítulo foi iniciado na minha vida, (ou melhor, dada a dimensão dos dias na nossa vida, espero ter sido apenas mais um parágrafo), mais uma zanga, mais um arrufo, mais leve para mim, mas penso que mais profundo para ele. Quando reparo nestes últimos tempos, parece que não há semana em que isto não aconteça, e fico preocupada. Não é saúdavel, não, não é. E normal, será?
Não sei, a única certeza é mesmo essa, não nos faz bem, e temo que aos poucos seja como o oxigénio no ferro, que lentamente corroi.
As relações são a coisa mais poderosa que existe à face da Terra. Um momento, um gesto, uma palavra, e tudo pode mudar.
O problema desta vez, acho que sou mesmo eu, exijo demais dos outros, espero demais deles, e acima de tudo, vivo demais para eles. Sempre fui assim, de uma entrega praticamente total àqueles que me tocam o coração, e só quem não sabe disso, nem se apercebe, é que não me tem por completo. Na minha lista de prioridades está em primeiro os meus pais, seguido dos meus melhores amigos e daquele moço que me atormenta, depois vêm os outros amigos e os estudos, os escuteiros, etc etc etc... Sempre foi assim.
Às vezes penso que não recebo o mercido em troca, mas o problema sou eu, que dou a mais sem mo pedirem, logo, não posso exijir nada em troca.
Mas este não é um caso desses. Este é um caso raro, é uma daquelas pessoas que me dão quase tanto como eu lhes dou, mas que eu, às vezes, não percebo isso, não sinto isso, porque as amo demais, e simplesmente sou egoísta e os quero junto a mim. Porque no fundo, acho que ainda temos muito a conhecer sobre o outro, porque as palavras não bastam e eu preciso de sentir abraços, porque eu sou mais frágil do que parece, e tu conheces-me, porque eu simplesmente preciso de ti, porque és o meu melhor amigo.
Desculpa se errei mais uma vez.