Terça-feira, 19.05.09

Palavras ocas em mentes loucas

  Nestes últims dias várias foram as vezes que pensei em vir escrever. Nunca era a ocasião oprtuna. Talvez a verdade fosse que certas palavras não são para ser escritas, que certos sentimentos são impossivéis de tanspor para o papel. Não sei. Estou aqui agora e apetece-me escrever. Não tenho um assunto definido, portanto aqui vai a miscelândia.

 

  Acho que cresci. Estou verdadeiramente convencida que estes últimos tempos fizeram-me crescer. E isso tanto é bom como é mau. Já nao consigo ver o mundo com os mesmos olhos, não consigo tirar o mesmo partido de uma música ou de um poema. Sinto-me fria e tenho medo do futuro, principalmente daquilo em que estou a tornar-me. Tenho estado distante, fechada no meu mundo, e quando compreendi isso tentei sair, mas custa, é dificil adaptar-me aos que me rodeiam. Por um lado acho que acharme-iam louca se disse-se tud o que penso, tudo mesmo. Por outro eu não consigo verbalizar-me. Exactamente como está a acontecer agora, escrevo mas não consigo dizer tudo. Acho que é inevitável. Cada pessoa tem a sua própria linguagem.

  Entao surge a questão, será que conseguirei algum dia abrir-me completamente? Deixar que os outros me descubram por completo?

 

  Com estas questões quem começa a achar-me louca sou eu própria. Tenho 17 anos porra, que raio de mentalidade introspectiva é esta? Isto não é saúdavel, e os muros que construi a minha volta parecem cada vez mais fortes. Isto não é nada bom, mesmo nada.

 

  Olho para o futuro e a única coisa que sei fazer é suspirar. Que raio de vida é esta? Porque é que quando uma pessoa está feliz consegue tirar a felicidade a si própria?

 

  Eu gosto de mim, eu consio gostar de mim nos dias bons, nos momentos bons como hoje, quando vinha no caminho para casa. A música enchia-me a cabeça e a única coisa que conseguia pensar na vontade que tinha de correr, de gritar gritos irracionais e abrir os braços ao vento que passava por mim. Mas contive-me, e resgojizei sozinha o pedaço de inocência que surgiu de mim. Gosto verdadeiramente desta parte de mim, mas sinto-me totalmente deslocada sempre que ela surge. O que é que se há de dizer, sou uma adolescente.

 

 

  Este texto não vai ter um bom final, tal qual como o principio. Não tenho mais nada a dizer, por isso vou terminar. Deixar o teclado e continuar a viver, porque isso é inevitável.

publicado por Rita Matias às 20:10 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Sexta-feira, 15.05.09

3, a conta que Deus fez

  Porquê 3? Boa pergunta!

 

  Porque decidi vir desabafar um pouco e constatei a ligação de várias coisa com o número em questão.

  Primeiro faltam três semanas para acabar o secundário (sim, mesmo com zero nos exames acho que passo...). TRÊS SEMANAS!!! Ainda não entrei em pânico, mas estou quase. Este ano passou demasiado depressa, demasiado a correr. Parece que foi ontem que dancei com a minha prima Mafalda na passagem de ano, assistindo aos desequilíbrios da nossa prima Inês, ou o Baile de Finalista da Maphaz, ou o meu baile, ou a viagem, ou o Gardunha... Sinto que tenho três semanas para aproveitar ao máximo a companhia diária dos meus amigos, três semanas até a revolução começar.

 

  Segundo, já passaram 3 meses. Temos saudades suas Stora, tantas que nem imagina. E sempre que olho para a Bárbara ou o Eduardo eu lembro-me de você. Ou para o seu carro, que eu reconhecia sempre porque a matrícula é AA, ou quando passo na sua casa. Você faz-nos falta, muita. De momento estamos todos um pouco desorientados, com os exames a porta, e não só, com tudo o que acontece a nossa volta. Acho que não há um dia em que não encontre algo que me lembre de si. Ainda do outro dia a Di veio com uma sabrinas que faziam praticamente o mesmo barulho dos seus saltos altos. Ou quando começámos a dar a Trigonometria, como você achava-a maravilhosa. Se visse as nossas notas saberia do que estou a falar, nos não estamos preparados, e, por muito boa pessoa que a nossa actual professora seja, não é a mesma coisa, não há o mesmo a vontade, nem a mesma comunicação. Se nós nos sentimos assim, como sentiram os pequenos?

  Nós temos tentado, nos escuteiros digo. Confesso que tenho algum medo que eles se percam na adolescência, mas se Deus quiser são receios infundados. E por último apenas lhe volto a dizer aquilo que nós várias vezes dizemos, mas nunca com todo o valor que palavra merece - obrigado, por tudo. Adoramo-la.

 

  E por último o trio cá de casa. Simplesmente não tenho palavras, vou sentir demasiado a falta deles daqui a uns meses que o melhor é tentar não sofrer por antecipação.

 

 

 

 

  Mas no meio disto tudo até ando contente. Estou gradualmente a retomar a minha boa disposição e fé. Estou a subir, lentamente, até ao próximo pico.

publicado por Rita Matias às 22:44 | link do post | comentar | ver comentários (2)
Terça-feira, 12.05.09

Súplica

Não me largues!

Não me soltes

liberta ao vento.

 

Dá-me a mão,

agarra-me o coração

e não me deixes partir!

 

Quero ser melhor por ti,

quero ser maior p'ra ti.

Não me deixes,

não me dês a escolher,

porque eu opto pelo fácil.

 

Não, não me soltes!

Não me largues!

Prende-me a ti,

e leva-me para bom porto.

Mostra-me o caminho

e vêm comigo.

 

Não me libertes á minha vontade,

não, não, não!

 

Não me largues,

não me soltes,

porque eu caio

e tenho medo

de mim mesma.

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publicado por Rita Matias às 18:52 | link do post | comentar | ver comentários (3)

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