De coração nas mãos
Hoje venho escrever de coração nas mãos, de peito aberto, alma a descoberto. Hoje falo assim porque não consigo falar de outra maneira, falo o que a mente me diz e comanda aos dedos.
Sinto-me estranhamente em baixo. Talvez seja a expectativa, talvez o receio, ou simplesmente (e mais provável) a consciência pesada.
Numa amizade podem existir omições? Conseguem as pessoas perdoar o facto de apenas revelarmos os nossos maiores segredos a outras?
Espero que sim, só espero que sim. Amanhã vai ser o dia da libertação, amanhã, depois não. Quer queira, quer não. Amanhã sim, depois não. Custar, custa de certeza. Doer, nunca se sabe. Esperar, para quê?
Doi-me o peito por dentro, temendo as consequências do erro que provavelmente cometi.
Ainda não sei se estava certa, se manter-me calada foi a atitude correcta, e esta indecisão está a corroer-me.
Amanhã direi, amanhã saberei...